quarta-feira, 2 de junho de 2010

A impunidade do olhar



A brisa era amena e o calor demasiado intenso.
Olhaste em redor esboçando um sorriso provocador, timidamente passaste a língua pelos lábios salgados ainda pelo suor que te tinha escorrido pelo rosto.
Tocaste as pernas, subindo ligeiramente a saia que havias comprado algures numa tenda de artesanato.
Com os pés foste descalçando as sandálias, deixando a nu a tatuagem que não querias esconder.
Discretamente desabotoaste mais um botão da camisa, passando as mãos no peito suado e firme.
Por momentos fechaste os teus belos olhos azuis e ...

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