quarta-feira, 14 de julho de 2010

Morfeu decide reunir alguns Deuses para promover uma noite de sonhos. Pede ajuda a Hipnos seu pai, que orna toda a vasteza do Oceano com papoilas vermelhas.

Como não poderia deixar de ser Zeus é convidado, para que controlasse a chuva, raios e trovões. Razão soberana do Deus supremo.

Eis que surge Hermes assinalando os caminhos com pequenos montículos de pedras, que os convivas seguiriam como orientação. A seu lado Hades vindo do mundo dos mortos.

Das profundezas do mar onde habita, aparece Posídon, traz ostras para a festa e pérolas para as Deusas. Sente-se o vento com a chegada de Hera a rainha dos céus. Atena chega logo a seguir, numa sacudidela de sabedoria e integridade.

A oscilação ao longe anunciava Hefestos, apesar de dominar o fogo e os vulcões a sua deficiência física não passava despercebida. Depois de mais uma vitória no seu currículo Niké traz oferendas, uma cria de tigre e ambrósia, a alimentação divina.

Acompanhada por seus irmãos Hélios e Eos vem Selene, iluminada pelo luar de uma noite de lua cheia. dentro de um tornado que à muito rondava o concílio aterra Cronos, já oirado da sua longa viagem.

Faltavam ainda duas personagens que eram esperadas impacientemente.

Batida pela brisa suave, uma beleza estonteante de seu nome Afrodite. Faz-se silêncio, todos anseiam um olhar seu, um sorriso, um lugar a seu lado.

Como sempre Dionisio chega em cima da hora, uma situação que todos perdoam. O vinho, o néctar que ele elegeu para a noite é justificação mais que suficiente para a sua falta de pontualidade.

Todo aquele ópio que as papoilas espalhadas por Hipnos emanavam, lhes toldava a visão. Ao longe o que diziam ser um navio, não era mais do que um delírio.

São místicos os designios dos Deuses.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A impunidade do olhar



A brisa era amena e o calor demasiado intenso.
Olhaste em redor esboçando um sorriso provocador, timidamente passaste a língua pelos lábios salgados ainda pelo suor que te tinha escorrido pelo rosto.
Tocaste as pernas, subindo ligeiramente a saia que havias comprado algures numa tenda de artesanato.
Com os pés foste descalçando as sandálias, deixando a nu a tatuagem que não querias esconder.
Discretamente desabotoaste mais um botão da camisa, passando as mãos no peito suado e firme.
Por momentos fechaste os teus belos olhos azuis e ...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

... simples


Peguei numa costela de um homem pré concebido por alguém superior. Moldei-lhe as formas, à imagem da minha suprema perfeição.
Olhei a obra acabada e constatei com regozijo, aquilo a que me tinha proposto.
Irei chamar-lhe ADN, para que as criaturas vindouras tenham a minha assinatura.

José Rios

sábado, 10 de outubro de 2009

Autobiografia...

O meu passado é algo indescritível por meras palavras escritas numa folha virgem ainda.
Vou escolhendo a quem contar um ou outro episódio, porque assim se proporcionou.
Não ia querer ferir susceptibilidades com histórias menos próprias para quem não está preparado para o fazer.
…a minha história começa onde acaba uma página, e outra se inicia isenta de palavras.

José Rios

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

??????????????



A nau navegava calmamente, quando no cimo do caralho avistei enormes quantidades de pitas espalhadas por praias imensas.
Haveria gente em tão estranha paisagem????